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A menos de um ano do início do Rio 2016 listamos algumas questões que se destacam para entender como está a organização da primeira Olimpíada da América do Sul
Anderson Gurgel
Em 05 de agosto de 2016 começam os Jogos Olímpicos Rio 2016. Para que a maior celebração da humanidade comece no Rio de Janeiro, a organização desse megaevento, que acontecerá pela primeira vez no Brasil e no território sul-americano, chega à marca de um ano para a sua realização.
A tendência é que, nesses 365 dias que faltam para que a pira olímpica seja acesa na Cidade Maravilhosa, alguns temas ganhem destaque na mídia tradicional, nas redes sociais e na opinião pública em geral.
A seguir, vamos destacar, em formato de perguntas, alguns temas fundamentais para entender e se preparar para Rio 2016.
1. O que é uma Olimpíada?
Em um país dominado pela cultura do futebol e pelo modelo da Copa do Mundo, as Olimpíadas trazem diferenças em formato, em variedade esportiva e também em cultura.
A cultura do Olimpismo, o embate entre o amadorismo tradicional e o crescente profissionalismo dos atletas e a discussão sobre o fair play são temas fortes no ambiente olímpico.
Outro aspecto interessante e que pode encantar a muitos é a simbologia olímpica, com a tocha, a pira, os anéis, o lema olímpico, a própria histórica das Olimpíadas e tantos outros elementos que dizem pouco ao público em geral.
O sentido de “festa da humanidade”, a concentração de culturas e povos em um mesmo local e por um período restrito e para praticar esportes variados também é um desafio para organizar e para acompanhar tanto como torcedor quanto como mídia de cobertura de evento.
2. Vale a pena ser sede de uma Olimpíada?
Pergunta controversa, pode ter respostas positivas e negativas. Inegavelmente os Jogos Olímpicos geram um foco de atenção planetária sobre locais onde se realizam. Marcas da sua realização podem durar muito tempo, gerando pontos de visitação e mudança de percepção para os locais onde eles foram realizados.
Há casos notáveis de êxito na realização das Olimpíadas, como Barcelona, que até hoje tem sua imagem associada ao megaevento. Há também exemplos problemáticos, com os Jogos de Montreal, de 1976, e Atenas, de 2004.
Os gastos com os Jogos do Rio, tanto da iniciativa pública e da privada, já se avizinham a 38 bilhões de reais. Uma boa parte está alocada em obras de infraestrutura urbana, mas ainda sim, o tema é controverso. Contudo, não se pode ignorar que o custo de se fazer jogos olímpicos é sempre alto, independente da sede de realização.
3. Como os Jogos Olímpicos se tornaram megaeventos?
A natureza dos Jogos Olímpicos é de megaevento, por envolver inúmeros esportes, milhares de pessoas e culturas do mundo todo em poucos dias e num único lugar. Contudo, o sentido mais atual de “megaevento” vai além dessa natureza complexa de realização da competição. Tem a ver também com os imensos recursos econômicos que precisam ser alocados.
E mais: tem a ver com o agendamento social e político que o megaevento gera na sociedade e na opinião pública.
Contudo, o ponto central que envolve a ideia moderna de megaeventos passa fundamentalmente pelo seu poder midiático. Ser megaevento tem a ver com a capacidade de envolver o máximo de pessoas no consumo de uma atividade telecomunicacionalmente, ou seja, por meio de sua transmissão midiática. Poucos terão acessos aos locais de disputas dos jogos, mas “estarão neles” a partir da midiatização das competições e eventos. O sucesso da gestão dessas imagens é, em essência, o sucesso dos megaeventos, com é o caso de uma Olimpíada.
ler na integra :
http://andersongurgel.com.br/16-questoes-para-os-jogos-olimpicos-do-rio/
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