terça-feira, 8 de junho de 2010

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Conteúdo retirado do site:www.sbgfilosofia.blogspot.com

Santo Agostinho e São Tomás de Aquino


Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1227-1274) foram, respectivamente, os maiores pensadores da Patrística e da Escolástica. Santo Agostinho valeu-se da filosofia de Platão, enquanto Santo Tomás de Aquino da de Aristóteles. Com isso, cada qual, em sua época, pode influenciar não só a religião católica como muitos pensadores cristãos que lhes sucederam.

Tanto Santo Agostinho como Santo Tomás de Aquino afirmam que Deus, sendo eterno, transcendente, todo bondade e todo sabedoria, criou a matéria do nada e, depois, tudo o que existe no universo. Para Santo Agostinho as idéias ou formas estavam no Espírito de Deus. Santo Tomás de Aquino acrescenta a noção dos universais em seus raciocínios. Dizia que Deus é a causa da matéria e dos universais. Além disso, Deus está continuamente criando o mundo ao unir universais e matéria para produzir novos objetos.

Nenhum deles colocava em dúvida a imortalidade da alma. Santo Agostinho dizia que alma e corpo são distintos, mas não soube explicar como a alma se liga ao corpo. De acordo com Santo Tomás a alma humana — princípio imaterial, espiritual e vital do corpo — foi criada por Deus. Acreditava que a alma espiritual é agregada ao corpo por ocasião do nascimento, e continua a existir depois de morte do corpo, formando, pois, por si mesma, um novo corpo, um corpo espiritual, por meio do qual atua por toda a eternidade.

Em suas teorias, reportam ao "desprezo do mundo". Contudo, Santo Agostinho mostra-se incapaz de decidir entre o mundo e desprezo por ele. A despeito dessa dúvida, apega-se firmemente à idéia de que a Igreja, como a encarnação mundana da cidade de Deus, deve ter supremacia sobre o Estado. Santo Tomás de Aquino, da mesma forma que Aristóteles, doutrinava que o homem é naturalmente um ser político e procura estar em sociedade. Este homem deve tributar lealdade à Igreja e a Deus, mas tem, também, que obedecer ao Estado porquanto este, por sua vez, recebeu o seu poder da Igreja.

Fé, Razão e Revelação são os pontos fundamentais de suas teorias. Santo Agostinho demonstra claramente sua vocação filosófica na medida em que, ao lado da fé na revelação, deseja ardentemente penetrar e compreender com a razão o conteúdo da mesma. Santo Tomás consegue, por seu turno, estabelecer o perfeito equilíbrio nas relações entre a Fé e a Razão, a teologia e a filosofia, distinguindo-as mas não as separando necessariamente. Ambas, com efeito, podem tratar do mesmo objeto: Deus, por exemplo. Contudo, a filosofia utiliza as luzes da razão natural, ao passo que a teologia se vale das luzes da razão divina manifestada na revelação.

Fiquemos com o lado bom de seus raciocínios, ou seja, a crença num Deus único, causa primária todas as coisas. Refutemos, porém, a supremacia que deram à Igreja, considerando-a como a monopolizadora da revelação de Deus.

Fonte de Consulta

FROST JR., S. E. Ensinamentos Básicos dos Grandes Filósofos. São Paulo, Cultrix.

São Paulo, 09/03/2001

Um comentário:

Anônimo disse...

Ora professora de acordo com o que estou lendo posso perceber que você está se limitando muito ao retratar apenas Santo Agostinho e Santo Tomas de Aquino ... Aliás as idéias de ambos grandes já se podem ser consideradas ultrapassadas por grandes céticos como Bertrand Russel ... Por que se limitar apenas em filósofos teístas ? Existem ateus na escola também. Se você pudesse contribuir e citar no blog grandes céticos para como se fosse um debate entre religião x ciência eu lhe agradeceria muito. Hoje existe o livre arbítrio em relação a tal assunto e espero que no teste ou prova não apareça uma questão para falarmos sobre tal filósofo em que não sou muito familiarizado .. aliás sou cético e creio que muitos estam alienados nas mãos da religião

Só os Deuses são perfeitos!
"Acredito sinceramente que somos o que pensamos, o que estudamos e o que nos propusemos a ser."