O velho barqueiro me espera com um sorriso no rosto
Ele ri do meu terrível sofrimento.
Em outros momentos, eu sentiria medo e ódio,
Mas agora já estou acostumado,
Na verdade, já o tenho como amigo.
Após algum tempo navegando no Estige,
Nos abraçamos e nos despedimos,
Mas sem nenhum sinal de saudade,
Sabemos que nos veremos em breve.
Estou condenado eternamente a vagar entre os dois mundos.
Depois de tanto tempo de dor e angústia,
Não me importa que o céu caia ou que o Sol exploda,
Mesmo estando vivo, estou morto.
Só uma dúvida perturba minha alma:
“Como posso estar vivo se morri tantas vezes?
Rafael Messias
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