segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sobre a aula de Lógica formal aplicada a redacão

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1.Argumentação e Lógica Formal

 Muito antes da lógica ter sido organizada como ciência, já o homem fazia uso do pensamento. Para compreender e se compreenderem, os homens precisam de usar o pensamento e de se exprimir, falando. Para agirem sobre o espírito dos seus semelhantes ou para se influenciarem reciprocamente, os homens têm necessidade de pensar, discutir, persuadir, raciocinar. A lógica nasce naturalmente com a necessidade de satisfazer o mínimo de coerência mental que a persuasão exige, mas começa a organizar-se como ciência, quando o homem ultrapassa o nível imediato do pensar para agir e procura, numa atitude reflexiva, os fundamentos implicados no exercício do pensamento. Antes do advento de uma lógica científica existe uma lógica natural. A lógica formal começou a ser sistematizada, no ocidente, pela primeira vez no século IV a.C., por Aristóteles, e limita-se apenas ao estudo da validade dedutiva. A lógica aristotélica foi o modelo de referência lógico até ao século XVI. Durante os séculos XVI e XVII, Leibniz deu início à construção da lógica simbólica moderna, mas foram os matemáticos Frege e Boole que criaram a lógica moderna, ao substituir a linguagem natural por símbolos análogos ao matemáticos, definindo, igualmente, as regras formais da sua utilização. Os lógicos contemporâneos transformaram a lógica numa disciplina praticamente autónoma em relação à filosofia e desenvolveram  processos formais de avaliação de argumentos.
O estudo da lógica pode desenvolver a capacidade de discernimento de cada um, através do fornecimento de instrumentos que permitem identificar raciocínios válidos/correctos e não válidos/incorrectos (inválidos), de instrumentos para analisar diversos discursos argumentativos (político, filosófico, científico) ou através do disciplinar do pensamento. O estudo da lógica pode levar mais longe o raciocínio, ajudar a identificar mais facilmente a má fé (manipulação) nos argumentos alheios e a distinguir o uso legítimo ou ilegítimo que se faz do pensamento e que se manifesta no discurso.
Lógica = estudo das condições de coerência do pensamento e do discurso. O mesmo é dizer, o estudo dos argumentos (raciocínios ou inferências) válidos.
Pensar = operar com conceitos (formar juízos ou raciocínios)
Discursar = exprimir verbalmente o pensamento
Pensamento = resultado (produto) do operar com os instrumentos lógicos [ligar ou relacionar diferentes conceitos entre si, construir juízos ou raciocínios (ao nível da mente)].
Discurso = materialização (verbalização) do pensamento.
Condições de coerência = regras/princípios que tornam válidos os pensamentos – princípios lógicos – regras das inferências válidas.
Princípios lógicos
Os princípios lógicos são princípios formais que regulam o pensamento independentemente dos conteúdos do mesmo, obrigando-o a ser coerente e consequente consigo próprio. São três as leis do pensamento:
i. O princípio da identidade - qualquer proposição implica-se a si própria ou uma coisa é igual a si mesma.
P = P
ii. O princípio da não-contradição - nenhuma proposição é, ao mesmo tempo, verdadeira e falsa ou uma coisa não pode, ao mesmo tempo, ser e não ser.
______
P e P
iii. O princípio do terceiro excluído - toda a proposição é verdadeira ou falsa  ou uma coisa é ou não é (não há terceira possibilidade).

P ou P

Instrumentos lógicos
Distinção entre verdade e validade
Verdade – designa o valor lógico do juízo/proposição e indica a adequação entre o enunciado (juízo/proposição) e a realidade enunciada pelo juízo/proposição.

Validade – designa o valor lógico do raciocínio e indica a coerência interna do pensamento, isto é, o respeito pelas regras lógicas.

·      Verdade > Adequação > Correspondência > Juízo/Proposição > (verdadeiro/a ou falso/a)
·       Validade > Coerência > Respeito pelas regras > Raciocínio/Argumento > (válido ou não válido)

A verdade e a falsidade ocorrem apenas ao nível das proposições ou dos juízos. A falsidade e a verdade julgam a matéria ou o conteúdo das proposições ou dos juízos. Aquilo que se afirma ou nega será verdadeiro ou falso se estiver ou não de acordo com a realidade, se traduzir a adequação ou a inadequação entre o enunciado e a realidade enunciada.
A validade e a invalidade são atributos do argumento ou do raciocínio e referem-se à forma que estes podem adoptar, isto é, à estrutura que pode assumir a relação entre as diversas proposições ou juízos que compõem o argumento ou o raciocínio, independentemente do conteúdo (do que afirmam ou negam).
A validade de uma inferência é independente do valor lógico das proposições ou dos juízos que a compõem, ela é a garantia de que o que se conclui deriva necessariamente do que se pressupõe. Assim, é possível obter uma inferência válida constituída por proposições falsas e uma inferência não válida constituída por proposições verdadeiras, mas não é possível encontrar uma inferência dedutiva válida com uma proposição conclusão falsa que derive de proposições premissas verdadeiras.
A uma inferência válida e que é constituída por proposições verdadeiras (se é que é possível estabelecer essa verdade – cepticismo) dá-se, habitualmente, o nome de sólida, forte ou segura.
Tipos de raciocínio
Um raciocínio também pode ser chamado de inferência.
Uma inferência é uma transição ou uma passagem de uma proposição a outra.
As inferências (raciocínios) podem ser:
· Dedutivas - quando se parte de uma ou mais proposições tomadas como antecedente (premissas) e delas se retira uma outra proposição (conclusão), por estar nela contida, segundo as regras das inferências dedutivas válidas. A dedução é a operação intelectual dedutiva. As inferências dedutivas podem ser imediatas (oposição e conversão), se a operação lógica se realizar apenas pelo jogo de dois termos e mediatas, se a operação ligar entre si dois conceitos (termos) por intermédio de um terceiro (silogismo).
· Não Dedutivas - quando as proposições premissas apoiam com maior ou menor força, mas não garantem a verdade da proposição conclusão. São operações mentais (cognitivas) não dedutivas a indução (operação mental em que a partir de proposições particulares tomadas como antecedentes se retira uma proposição geral que é o consequente), a analogia (operação mental em que a partir de características conhecidas numa classe de objectos se infere que objectos considerados similares, ainda que diferentes,  possam ter as mesmas propriedades) e a abdução (operação mental criativa(palpite) em que a partir de factos problema ou da observação de fenómenos se criam hipóteses - respostas prévias, mas razoavelmente sustentadas - para os problemas equacionados).
No quadro seguinte, apresentamos uma distinção entre o raciocínio dedutivo e indutivo.
O conceito e o termo
O conceito é uma representação mental, geral e abstracta que designa, na mente, um conjunto de propriedades que pertencem a um conjunto de seres ou de objectos.
O termo é a expressão verbal do conceito.
O conceito e o termo apresentam, como decorre da definição, duas dimensões:
 à um conjunto de propriedades = a compreensão ou intensão
 à um conjunto de objectos = a extensão ou denotação
 No conceito cão:
 à o conjunto de propriedades = animal doméstico que ladra = a compreensão ou intensão
 à o conjunto de objectos = os animais que possuem esses atributos = a extensão ou denotação
 
Relação entre a extensão e a compreensão
A extensão e a compreensão de um conceito variam em sentido inverso, isto é, numa série de conceitos entre si relacionados, o conceito de maior extensão é precisamente o de menor compreensão e vice-versa.
A extensão e a compreensão de um conceito determinam-se reciprocamente, isto é, dada a compreensão de um conceito determina-se a extensão e vice-versa.
Com base na relação entre a extensão e a compreensão é possível organizar conceitos, entre si relacionados, de modo que um caiba na extensão do outro, em séries crescente e decrescente de extensão e compreensão.
Exemplo:

O juízo e a proposição
O juízo é uma operação mental mediante a qual se ligam entre si conceitos e que pode ser considerada verdadeira ou falsa.
A proposição é a expressão verbal do juízo.
O juízo e a proposição assumem apenas dois valores lógicos ou valores de verdade: verdadeiro(a) ou falso(a).
Apenas os enunciados apofânticos (frases declarativas) é que se enquadram na categoria das proposições, porque atribuem a um sujeito alguma coisa e, neste sentido, são susceptíveis de serem considerados verdadeiros ou falsos. Todas as outras frases, imperativas, interrogativas e exclamativas, porque não podem ser consideradas verdadeiras ou falsas não podem ser transpostas para a forma canónica, ou forma padrão, das proposições.   Uma frase declarativa é um enunciado linguístico em que se diz algo acerca da realidade e uma proposição é o pensamento que nela está expresso. A proposição e a frase estão relacionadas, mas são realidades diferentes. A proposição é uma entidade lógica e a frase declarativa uma entidade linguística. Assim, uma mesma proposição pode ser expressa por frases declarativas diferentes e uma frase declarativa (que seja ambígua) pode expressar proposições diferentes.
As proposições, quanto ao tipo de ligação que se estabelece entre os termos, podem ser:
· Categóricas: quando a proposição estabelece uma relação que não apresenta qualquer restrição.
Forma Padrão: S é P (O quadro é preto)
· Hipotéticas (Condicionais): quando a proposição estabelece uma relação que apresenta restrições ou condições (reservas).
Forma Padrão: Se … então … (Se não estudar, então não passo de ano)
· Disjuntivas: quando a conexão estabelecida apresenta alternativas.
Forma padrão: ou… ou … (Ou estudas ou chumbas)
Elementos das proposições categóricas:
As proposições categóricas são constituídas por quatro elementos.

· Sujeito (rosas) – o ser ou conjunto de seres aos quais é atribuída uma propriedade.
· Predicado (vermelhas) – o atributo ou a propriedade que é atribuída ao sujeito.
· Cópula (são) – o elemento que estabelece a ligação entre o sujeito e o predicado.
· Quantificador (algumas) – o elemento que indica a extensão do sujeito.
Classificação das proposições categóricas:
A lógica tradicional aristotélica classificou as proposições em quatro tipos, simbolizadas pelas vogais maiúsculas A, E, I e O, segundo a quantidade e qualidade.
- Quantidade – a quantidade de uma proposição depende da extensão do sujeito, é indicada pelo quantificador (todo, algum, nenhum).
• A proposição é UNIVERSAL, quando o sujeito é tomado em toda a sua extensão. Quando o sujeito é só constituído por um elemento (singular), está sempre tomado em toda a sua extensão, a proposição é UNIVERSAL.
• A proposição é PARTICULAR, quando o sujeito é tomado em parte da sua extensão.
- Qualidade – a qualidade de uma proposição é determinada pela natureza da cópula (é ou não é) e indica uma relação de inclusão ou de exclusão da extensão do sujeito (na/da) do predicado.
• A proposição é AFIRMATIVA, quando se estabelece uma relação de inclusão da extensão do sujeito na do predicado.
 A proposição é NEGATIVA, quando a relação indica a exclusão da extensão do sujeito da extensão do predicado.
Assim:
A – universal afirmativa – todo S é P – Todas as rosas são vermelhas
E – universal negativa – nenhum S é P – Nenhuma rosa é vermelha
I – particular afirmativa – algum S é P – Algumas rosas são vermelhas
O – particular negativa – algum S não é P – Algumas rosas não são vermelhas
Quantificação dos termos que constituem as proposições:
• A extensão do sujeito é indicada pelo quantificador (todo, algum, nenhum). Quando o quantificador for todo ou nenhum, o sujeito está tomado em toda a sua extensão, está distribuído (D). Quando o quantificador for algum, o sujeito está tomado em parte da sua extensão, está não distribuído (ND).
• O predicado das proposições afirmativas (A e I) está sempre tomada em parte da sua extensão, está não distribuído (ND).
• O predicado das proposições negativas (E e O) está sempre tomado em toda a sua extensão, está distribuído (D).
O Silogismo

Um silogismo é um argumento dedutivo formado, normalmente, por três proposições, em que duas delas funcionam como premissas ou antecedente e a outra como conclusão ou consequente.

Um silogismo pode ser:

• Categórico – formado por proposições categóricas.

                    Antecedente <=== Todo o A é B ===> Premissa
                    Antecedente <=== Todo o B é C ===> Premissa
                                     Consequente <=== Todo o A é C ===> Conclusão

• Hipotético – formado por pelo menos uma proposição hipotética.

                   Antecedente <===  Se A, então B. ===> Premissa
                   Antecedente <===  Ora, A.              ===> Premissa
                  Consequente <===  Logo, B.           ===> Conclusão

• Disjuntivo – formado por pelo menos uma proposição disjuntiva.

                   Antecedente <===  Ou A ou B.     ===> Premissa
                   Antecedente <===  Ora, A.            ===> Premissa
                                    Consequente <===  Logo, não B.  ===> Conclusão
 
 
No discurso, os argumentos dedutivos normalmente não seguem a forma padrão ou canónica (silogismo): enunciar em primeiro lugar as premissas e depois a conclusão. Quando a finalidade é convencer o auditório, o emissor pode preferir apresentar a conclusão antes das premissas, depois das premissas, entre as premissas, intercalar considerações que podem dificultar a identificação das premissas e da conclusão, omitir uma premissa ou até mesmo a conclusão, se entender que isso potencia o poder de persuasão do argumento. Para identificar, no discurso, as premissas e a conclusão é necessário atender aos conectores do discurso (palavras que ligam frases), a que nós, por comodidade, podemos chamar indicadores de premissas e indicadores de conclusão.
O silogismo categórico
 
Um silogismo categórico é um raciocínio dedutivo formado por três proposições categóricas e por três termos, em que dois deles (o menor e o maior) são ligados entre si pelo terceiro (o médio).
 
• Um silogismo categórico é constituído por três proposições (premissa maior, premissa menor e conclusão).
 
• Um silogismo categórico é constituído por três termos (médio, maior e menor).
 
• Termo médio – está presente nas premissas, estabelece a ligação entre o termo maior e o termo menor e não entra na conclusão.
 
• Termo maior – é sempre predicado na conclusão e é o termo de maior extensão.
 
• Termo menor – é sempre sujeito na conclusão e é o termo de menor extensão.
 
• A premissa maior é a que contém o termo maior.
 
• A premissa menor é a que contém o termo menor.
 
 As figuras do silogismo categórico

A figura de um silogismo categórico determina-se pelo lugar que o termo médio ocupa nas premissas. Assim:

• Quando o termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na menor, o silogismo é da 1ª figura (I).
 
 
• Quando o termo médio é predicado nas duas premissas, o silogismo é da 2ª figura (II).
• Quando o termo médio é sujeito nas duas premissas, o silogismo é da 3ª figura (III).

 
• Quando o termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na premissa menor, o silogismo é da 4ª figura (IV).



TERMO MÉDIO


FIGURAS

PREMISSA MAIOR


PREMISSA MENOR

I


SUB (sujeito)

PRAE (predicado)

II


PRAE (predicado)

PRAE (predicado)

III


SUB (sujeito)

SUB (sujeito)

IV


PRAE (predicado)

SUB (sujeito)
 
O modo do silogismo categórico
O modo do silogismo categórico determina-se pelo tipo de proposições que o constituem (A, E, I, O), segundo a seguinte ordem: premissa maior, premissa menor e conclusão. A partir do exemplo já usado,

podemos afirmar que o silogismo categórico é da primeira figura, uma vez que o termo médio (homem) é sujeito na premissa maior e predicado na menor, e o modo é AAA, porque a premissa maior é uma proposição universal afirmativa - A, assim como a premissa menor e a conclusão.
Regras do silogismo categórico

Regras dos termos:
 
• Um silogismo categórico é constituído apenas por três termos: o termo maior, o termo menor e o termo médio.
 
• O termo maior e o termo menor não podem ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
 
• O termo médio deve estar distribuído (tomado em toda a sua extensão) em pelo menos uma premissa.
 
• O termo médio não pode entrar na conclusão.

Regras das proposições:
 
• De duas proposições afirmativas não se pode retirar uma conclusão negativa, a conclusão tem de ser afirmativa.
 
• De duas proposições negativas nada se pode concluir.
 
• De duas proposições particulares nada se pode concluir.
 
• A conclusão segue sempre a parte mais fraca. A parte mais fraca é a quantidade particular e a qualidade negativa. Assim, a conclusão terá de ser particular e/ou negativa, se uma proposição o for.
 
Silogismos válidos

1ª figura
2ª figura
3ª figura
4ª figura
AAA
EAE
AII
EIO

Modos
AAI
EAO
Barbara
Celarent
Dar
ii
Ferio

Redundantes
Babari
Celaront
EAE
AEE
EIO
AOO

Modos
EAO
AEO
Cesare
Camestres
Festino
Baroco

Redundantes
Cesaro
Camestros
AAI
EAO
IAI
AII
OAO
EIO
Darapti
Felapton
Disamis
Datisi
Bocardo
Ferison
AAI
AEE
IAI
EAO
EIO

Modo
AEO
Bramantip
Camenes
Dimaris
Fesapo
Fresison

Redundante
Camenos
 
Falácias formais

Falácias são erros que ocorrem nos raciocínios e afectam a sua irrefutabilidade. Os erros podem ser intencionais ou não (paralogismos). Nas falácias, são sempre intencionais.

Uma falácia formal é um raciocínio dedutivo que parecendo válido não o é. É um argumento que não é cogente. Um argumento cogente é válido, tem premissas verdadeiras e estas são mais plausíveis do que a conclusão.

Falácias formais são raciocínios dedutivos que violam alguma regra do raciocínio dedutivo válido ou alguma forma válida.

Algumas falácias formais do silogismo categórico

Para a Lógica Aristotélica, e segundo as orientações para efeitos de avaliação sumativa externa das aprendizagens na disciplina de Filosofia, as principais falácias formais a tratar são: "a falácia do termo não-distribuído, a ilícita maior e a ilícita menor." Segundo as orientações complementares são: quatro termos, termo médio não distribuído, ilícita maior e ilícita menor.

 Falácia dos quatro termos (falácia do equívoco) – é um silogismo que tem mais do que três termos. Um dos termos, o termo médio, apresenta dois significados diferentes que correspondem efectivamente a dois conceitos, apesar de estarem representados pelo mesmo significante, pela mesma palavra.

Todas as margaridas são plantas
Algumas mulheres são margaridas
Logo, algumas mulheres são plantas

 Falácia do termo médio não distribuído – é um silogismo em que o termo médio não se encontra distribuído em pelo menos uma premissa.

Algumas afirmações são verdadeirasND
Algumas coisas verdadeirasND são relativas
Logo, algumas afirmações são relativas
 
Este silogismo viola, ainda, a regra das proposições - de duas proposições particulares nada se pode concluir - a premissa maior é uma proposição do tipo I, assim como a menor.  Dedutivamente não é possível retirar qualquer conclusão.
 
 Falácia do transito ilícito do termo maior (ilícita maior) – é um silogismo em que o termo maior apresenta maior extensão na conclusão do que na premissa maior.

Nenhum homem é uma mulher
Algumas mulheres são alemãsND
Logo, alguns homens não são alemãesD
 
 Falácia do transito ilícito do termo menor (ilícita menor) – é um silogismo em que o termo menor apresenta maior extensão na conclusão do que na premissa menor.

Tudo o que gera massacres é mau
Alguns dos geradores de massacres são homensND 
Logo, todos os homensD são maus
 
 Este silogismo viola, ainda, a regra das proposições - a conclusão não segue a parte mais fraca - a premissa maior é A e a menor é I, a conclusão deveria ser I e é do tipo A. Há quem lhe chame falácia existencial.
 

Um comentário:

Anônimo disse...

Professora, boa tarde.
Poderia me responder se esta foi a aula que a senhora deu para a turma do galileu noturno, no último sábado?
Muito obrigada.

Só os Deuses são perfeitos!
"Acredito sinceramente que somos o que pensamos, o que estudamos e o que nos propusemos a ser."