Eu, filha da surpresa e angústia,
Heroína da tristeza e do medo,
Sofro, desde a verdade dos meus 24 anos,
A influência má da mentira e dos enganos.
Eu e a minha ectasia corneana.
O que eu não quero ver?
O que querem que eu veja?
O que eu não preciso ver?
Andam a espreitar meus olhos.
Por que meus olhos?
É certo que os sentidos nos enganam,
Que os nossos sentidos não julgam
Mas por que tenho que ver um mundo de imagens distorcidas?
Este lugar me causa repugnância...
Na garganta o vômito preso, sinto ânsia.
Das bocas que me rodeiam
saem palavras mal ditas.
Palavras que desejam produzir em mim,
feridas.
Danielle in Eu poeta.
Um comentário:
escrevi quando tinha acabado de sair do Hospital de Olhos.
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