quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pequenas narrativas sem compromisso

Num pequeno aquário havia um peixe, solitário e velho
Que por falta de tempo e esperança
Apaixonou-se por uma sereia de pedra...
Todos os dias ele olhava para a sereia e recitava poemas de amor sem fim,
Até que um dia, 
Um homem, por descuido, na limpeza semanal do aquário,
Deixou cair a pequena sereia que se partiu em pedaços ao tocar o chão,
De dentro do saco com água, 
O peixe assiste com tristeza e dor
A morte da sua musa...
De volta ao seu mundo, o pequeno peixe afogou-se em lágrimas
E depois suicidou-se,
Saltando para fora do aquário 
Num mergulho silencioso 
E mágico – acrobata sem medo
Lançando-se no vazio do ar
Como uma gota de nada...

Piligra

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Só os Deuses são perfeitos!
"Acredito sinceramente que somos o que pensamos, o que estudamos e o que nos propusemos a ser."